A cada dia temos a certeza de que o mundo está em completa ebulição, em processo de forte mudança. Um dos maiores desafios está na comunicação. Se pensarmos que, há cinco anos, o WhatsApp era usado por pouquíssimas pessoas, perceberemos que o aplicativo é apenas uma das grandes mudanças que ocorreram. Afinal, cinco anos acabaram se tornando um tempo gigantesco, já que em meses tudo pode mudar bruscamente. Um delito moral ou ético vem à tona em segundos, invadindo os grupos de WhatsApp e as redes sociais. A proporção em que encontramos casos abusivos que merecem punição, também nos deparamos com reflexões éticas feitas por pessoas sérias e ponderadas. Isso e positivo porque, se não exagerar e virar patrulha, ajuda a disciplinar e a monitorar o comportamento de pessoas e empresas.
Em tempos de graves crises financeiras, políticas e institucionais, a ‘dança das cadeiras’ em todos os setores é inevitável. Grandes e poderosos empresários também podem cair. E temos que acreditar que os pequenos empresários podem se desenvolver com ferramentas lícitas e trabalho sério. Um processo se revela durante a crise: uma espécie de seleção natural, na qual só permanecem no mercado ou em determinados setores aqueles que amam seus negócios.
E neste ponto que quero chegar: a satisfação de fazermos
O que gostamos, independente do dinheiro que aquilo gera. E, por incrível que pareça, mais cedo ou mais tarde o dinheiro vem. Pode ser que ele não venha a jato, mas para quem gosta do que faz, pode até vir a cavalo. Afinal, quando ele vier, ainda estaremos lá, no mesmo lugar, fazendo o que nascemos para fazer. E quem não gosta do que faz está sempre mudando de projeto, de função, porque está somente atrás da grana.
Nestes tempos em que ‘ser esperto’ e inversamente proporcional a ‘fazer o que gosta’, a sociedade come9a a encontrar pessoas que se disp6em a assumir um novo tipo de lideran9a para uma vida mais sustentável, exercida com auto conhecimento. Não acredito na sustentabilidade pregada em folhetos de grupos A, B ou C. Acredito que somas tudo junto e misturado quando o assunto e uma vida mais feliz. E empreendedores felizes devem ser mais valorizados.
Eis que, ao percebermos cada vez mais líderes e negócios jovens engajados com algo maior que o próprio ato comercial, de compra e venda, conseguimos encontrar uma luz no fim do túnel! Está certo que o sentimento de transitoriedade ainda e maior, temos uma expectativa de que o melhor está por vir. Mas, enxergar esperança e um motor para as novas modelos de negócios tomarem folego e começar a se desenvolver.
Divido com você um pouco do que encontro nos negócios que atendo em minhas consultorias, algo comum a todos eles e que acredito ser o grande motor da maioria dos empreendedores de bem. Sim, de bem, porque ser do bem começa a valer cada vez mais.
Escolhi palavras-chave que identificam praticas interessantes e fundamentais para os bons negócios. Elas começam com a letra C. Nada mais atual e necessária.
CURADORIA – Diante de tantas opções, o trabalho de curadoria e fundamental para criar uma linha que relaciona ideias, produtos e serviços. O curador escolhe um mix coerente e eficiente, gerando uma identidade.
COMPARTILHAMENTO – Estenda sua mão, seu coração e seu conhecimento ao próximo. Não tenha medo de compartilhar suas ideias e realizações. As ferramentas estão aí para isso. Ensine e aprenda.
CONTEUDO – Conte histórias, aprofunde seu discurso e envolva as pessoas. O storytelling e um dos vetores.
CRIATIVIDADE – Fuja do lugar comum. Vai abrir uma cafeteria? Como ela pode será melhor? De que formas ela pode encantar o cliente? Invente, implante novidades, crie.
CONECTIVIDADE – Estar conectado as redes e canais online e inevitável. Estruture sua presen9a de forma que o público passa identifica-lo com uma linguagem sem forçação de barra.
COOPERAÇAO– Ninguém faz nada sozinho. As pessoas podem se unir a favor de uma realização, de um mesmo objetivo, cada um com a sua força. E todos ganham.
– Bruno Chamochumbi
Publicado na Revista Tutti, Edição n° 29, Agosto de 2017.